sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ribossomo

O que são os ribossomos?
São grânulos (pequenas estruturas que lembram “bolinhas”) livres imersos no citoplasma. Também estão aderidos ao retículo endoplasmático (reticulo endoplasmático rugoso).
São formados por duas sub-unidades, uma maior e outra menor, originadas da combinação de ácido nucleico ribossomal (RNAr) à uma enorme quantidade de proteínas. 
Quando participam da síntese de proteínas, os ribossomos agrupam-se aos filamentos de RNA mensageiro formando assim, os polissomos (muitos ribossomos)
O ribossomo é funcional apenas quando suas sub-unidades estão unidas. Após a construção de cada proteína, as sub-unidades se desprendem do RNAm e se separam.

Citoplasma

O que é o citoplasma/citosol/hialoplasma?
É o espaço da célula compreendido entre a membrana plasmática e a membrana nuclear (cariotéca). Essa região contém um fluido viscoso chamado de hialoplasma, citosol ou citoplasma fundamental, que é constituído basicamente por íons, proteinas, carboidratos, lipídios dissolvidos em solução aquosa e substâncias de fundamental necessidade à síntese de moléculas orgânicas (carboidratos e proteínas).
Dessa forma, o citoplasma é considerado um colóide (meio que permite a interação entre substâncias), onde estão imersas as organelas celulares (as mitocôndrias, os peroxissomos, os lisossomos, os cloroplastos, os vacúolos, os ribossomos, o complexo de golgi, o citoesqueleto e o retículo endoplasmático liso e rugoso)
Uma outra função do citoplasma é que ele auxília na morfologia da célula, relacionada à consistência do citosol e o armazenamento de substâncias indispensáveis à vida. Seu conteúdo está em constante movimentação pois é esta movimentação que mantêm o equilíbrio físico-químico das reações citoplasmáticas, este movimento recebe o nome de ciclose.
 


*O citoplasma é toda área de cor rosa (note como ele envolve todas organelas)

Citoesqueleto (procariótico)


O que é o citoesqueleto?
NA LATA? CURTO E GROSSO? Ahhh, é o esqueleto da célula!!! Mas... com características peculiares. Vamos lá então...
O citoesqueleto, como o próprio nome sugere, faz o papel de esqueleto da célula e portanto sustenta ela, mantendo assim sua forma.
É formado por vários tipos de fibras de proteínas que cruzam a célula em diversas direções, dando-lhe consistência e firmeza. Analogicamente seria como uma tenda de circo, onde os ferros/paus (ou seja: a estrutura de sustentação em si) fazem o papel do citoesqueleto, porém na célula estes “paus” são as fibras, e esta fibras não são exatamente retas. Outra função do citoesqueleto é a de mudar a forma celular, pois mediante ao encurtamento ou aumento das fibras presentes nele, a célula adapta-se a sustenção. Essa “armação” é importante se lembrarmos que a célula animal é desprovida de uma membrana rígida, como acontece com a membrana celulósica dos vegetais. Entre as fibras protéicas componentes desse “citoesqueleto” podem ser citados os microfilamentos de actina, os microtúbulos e os filamentos intermediários



Mitocondria


O que são mitocôndrias?
São organelas com formas variáveis: ovóides, esféricas ou de bastonetes.
São constituídas por duas membranas: a mais externa lisa e a interna pregueada, formando as cristas mitocondriais (septos), que delimitam a matriz mitocondrial (solução viscosa semelhante ao citosol).
No interior da mitocôndria encontra-se enzimas catalizadoras (que aceleram os processos) da respiração celular e fornecendo energia metabólica resultante da quebra/degradação da glisose, esta energia  liberada na forma de ATP (Adenosina Trifosfato), necessária em todas as atividades desenvolvidas por uma célula. Portanto, durante o processo de respiração aeróbia ocorrem reações determinantes nas mitocôndrias: o Ciclo de Krebs na matriz mitocôndrial e a Cadeia Respiratória nas cristas mitocondriais (que não convêm discutir aqui).
A mitocôndria possui material genético próprio que permite a ela capacidade de se auto-duplicar, principalmente em tecidos orgânicos que requerem uma compensação fisiológica maior quanto à demanda energética, percebido pela concentração de mitocôndrias em células de órgãos como o fígado (células hepáticas) e a musculatura (fibra muscular). Para exemplificar, uma situação fácil de se notar isto é quando as pessoas iniciam a prática de um esporte que exige certo preparo físico (futebol, atletismo, basquete, etc) e nas primeiras semanas ocorre um cansaço muito rápido (pois o numero de mitocôndrias não é suficiente para suprir as necessidade que estão sendo exigidas do corpo) e então, após algumas semanas ou meses de treinamento, o indivíduo começa a demorar mais tempo para ficar cansado naquele mesmo nível, isto ocorre porque a mitocôndria se multiplica e agora (por ser em quantidade maior que anteriormente) consegue produzir mais energia, e assim suprir maior parte das exigências corporais.



Peroxissoma

O que são os peroxissomos?
São organelas membranosas que formam vesículas que ficam "livres" pelo citoplasma, cuja função está relacionada ao armazenamento de enzimas que catalisam o peróxido de hidrogênio (água oxigenada - H2O2), uma substância tóxica que necessita ser degradada. Assim, o peroxissomo tem a importante função pois participa do processo de desintoxicação celular
Dessa forma, a enzima catalase reage com o peróxido de hidrogênio produzindo água (H2O) e oxigênio molecular (O2).
Eis a reação: 2 H2O2 + Enzima Catalase → 2 H2O + O2
Também estão envolvidos na produção de ácidos biliares sintetizados no fígado. 


Lisossomos

O que são lisossomos?
São organelas membranosas que em seu interior apresentam enzimas que realizam normalmente a digestão intracelular, porém extracelular em casos excepcionais.
O lisossomo nada mais é que uma vesícula ou “saquinho” que contém enzimas.
Estas vesículas são produzidas pelo Complexo de Golgiense, porém o Complexo de Golgiense só produz estas vesículas porque recebe outras vesículas (que contem enzimas diferentes) provindas do Reticulo endoplasmático rugosos, e este por sua vez, só produz tais vesículas por que reagem com moléculas de RNA (produzidas pelo núcleo). Parece complicado mas apenas se trata de uma reação em cadeia, onde tudo inicia-se com a síntese do RNA:
1º moléculas de RNA precursoras de enzimas digestivas são sintetizadas;
2º Estas moléculas reagem com o reticulo endoplasmático rugoso assim produzindo proteínas;
3º Estas proteínas são empacotadas, surgindo assim às primeiras vesículas;
4º Estas vesículas vão até o Complexo de Golgiense onde sofrem outras reações que resultam na produção de outras vesículas com enzimas diferentes;
5º Estas vesículas produzidas pelo Complexo de Golgiense são liberadas no citoplasma onde ficam “a espera” do alimento que entrará na célula, para digerir este.
Os lisossomos também participam da apoptose (morte celular programada pelo próprio organismo). Talvez você deve estar se perguntando: “Mas por que a célula iria querer se autodestruir?” SIMPLES... Em um dos casos é porque o lisossomo degenerando/destruindo alguns orgânulos induz a célula a recriar outro orgânulo para substituir este que foi destruído; a vantagem disso é que este novo orgânulo é NOVO “Zero bala” entendeu? Sacou? É como se você quebrasse o seu vídeo-game já velho para que você ganhe um novinho em folha. Obviamente que este exemplo é mais engraçado e ridículo que real, pois pelo menos minha mãe em vez de dar outro vídeo-game, me daria na verdade uns “esculachos”, mas pelo menos na célula é assim que ocorre: O lisossomo destrói algumas coisas velhas para que outras novas as substituam.
E no outro caso, a auto-destruição ocorre para preservar o corpo de maiores danos como é no caso dos tumores (lembrando que o tumor nada mais é que a célula do próprio corpo que começa a se dividir/crescer de forma diferente do que era esperado/comum/natural) o corpo prefere autodestruir-se uma pequena parte de suas células que correr o risco de que todas ou uma maior parte de suas células venham ser destruídas pelo câncer, assim, os liberam algumas enzimas exatamente para destruir este tumor/esta células diferentes, e assim garantir a sobrevivência do organismo, porém o corpo humano na maioria dos casos não consegue acabar com estas células por  si só, sendo necessário tratamentos específicos (ex: quimioterapia, radioterapia, etc)
* Obs: Nem todo tumor é um câncer, a principal diferença entre câncer e tumor é como se da o seu crescimento. Nos tumores este crescimento é organizado e tende a ser lento, já nos câncer é desorganizado e tende a ser rápido, além do que, os tumores não invadem outros “lugares”/órgãos/parte do corpo pois se mantêm onde se originaram, diferentemente do câncer que apresenta-se opostamente a isto.

Retículo endoplasmático liso (REL)

O que é o Retículo endoplasmático liso (REL)
É uma organela formada por estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos aderidos, apresentando portanto liso.
Ambos os retículos estão interligados sendo gradativa a transição/mudança.
*Note na imagem abaixo, como a quantidade de ribossomos diminui conforme a transição do RER para o REL até o ponto de não mais existir.
Uma importante função de retículo endoplasmático liso é a produção de lipídios. Alguns desses lipídios são os hormônios esteróides, entre os quais estão a testosterona e os estrógeno, hormônios sexuais produzidos nas células das gônadas.
Também participam dos processos de desintoxicação do organismo, como no caso do fígado, o REL absorve substâncias tóxicas, modificando-as ou destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo. Um exemplo é a metabolização do álcool.
Também podem armazenar substâncias.

Reticulo endoplasmático rugoso (RER)


Formado por sacos achatados, cujas membranas têm aspecto verrugoso devido à presença dos ribossomos – aderidos à sua superfície externa (voltada para o citosol/citoplasma).
O retículo endoplasmático rugoso, graças à presença destes ribossomos, é responsável por boa parte da produção de proteínas da célula, como por exemplo o colágeno que é uma proteína responsável por manter a elasticidade da pele (um dos responsáveis por deixar a pessoa com cara de esta sempre “nova”). As proteínas fabricadas nos ribossomos do RER penetram nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de golgiense, passando pelos estreitos e tortuosos canais do retículo endoplasmático liso.
O retículo também aumenta a superfície interna da célula, o que amplia o campo de atividade das enzimas, facilitando a ocorrência de reações químicas necessárias ao metabolismo celular, síntese de proteínas (sua principal função) e armazenamento.

Núcleo

O que é o núcleo?
Basicamente o núcleo é o centro de controle das atividades celulares e o “arquivo” das informações hereditárias, que a célula transmite às suas filhas ao se reproduzir, isto é, ele coordena o que acontece no interior da célula (ex: sintese de proteinas) e que guarda/têm/retêm consigo a "receita" de como deve ser feito uma nova célula.
Comparando, o núcleo seria como um livro de receita que tem as informações de como este "bolo" deve ser feito (o que vai nele, como é o preparo, etc)
Quando a célula não está em divisão (Interfase) o núcleo apresenta um limite bem definido, devido à presença da carioteca ou membrana nuclear, visível apenas ao microscópio eletrônico,  equando a célula esta em divisão esta membrana se desfaz.
A maior parte do volume nuclear são filamentos (cromatina), além de outros corpos como o nucléolo e o nucleoplasma.

*Obs: Um núcleo visivel ao olho nú é a gema do ovo. 


 

Nucléolo

O que é o Nucléolo?
É um organóide presente no núcleo de corpúsculos esférico e aspecto esponjoso que estão mergulhados diretamente no nucleoplasma, pois não possuem membrana envolvente.
Tem como funções principais a coordenação do processo reprodutivo das células e o controle dos processos celulares básicos.
Apresentam fragmentos específicos (trechos) de DNA e várias proteínas associadas ou não a RNAr 
(RNA mensageiro).

Complexo de Golgi

O que é o complexo de golgiense?
 O complexo golgiense ou aparelho de golgi é formado por vesículas (sacos achatados).
Tem a função fundamental de empacotar e eliminar substâncias produzidas pela síntese celular através do processo de secreção, ou seja, é o complexo que é responsável por liberar para fora da célula o que nela foi produzido, como  no caso dos hormônios (que são sintetizados pelo REL e posteriormente liberados)
O complexo de golgiense também promove a maturação final (quando realmente a molécula esta pronta), armazenamento de proteínas ribossomáticas.
Aderidas ao citoesqueleto, as vesículas são transportadas no interior da célula até a região basal da membrana plasmática. A partir desse instante a membrana da vesícula se funde à membrana da célula, eliminando o conteúdo protéico para o meio extracelular.
Boa parte das vesículas transportadoras do retículo endoplasmático rugoso (RER) são transportadas em direção ao complexo de Golgi, passando por sínteses modificadas e enviadas aos seus destinos finais. 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A endosimbiose

A teoria da endosimbiose, proposta por Lynn Margulis, diz que algumas organelas, como as mitocôndrias e cloroplastos, se originaram como consequência de uma associação simbiótica estável entre os organismos. Admite-se que, em um dado momento, por um processo sucessivo de fagocitose entre procariotos, algumas bactérias não foram digeridas e permaneceram no interior de seus predadores, usufruindo os compostos presentes no citoplasma.
Esses procariotos fagocitados passaram a oferecer vantagens ao hospedeiro, como por exemplo, maior eficiência na utilização da energia disponível e, em troca, eles obtiveram proteção. Esta relação harmônica, com o passar do tempo, tornou-se obrigatória.



Procarionte Vs. Eucarionte


As células procariontes ou procariotas são diferentes das eucariontes, porém sua maior diferença é que as células procariontes não possuem carioteca. A carioteca é uma membrana que separa o material genético (hereditário) do citoplasma por uma membrana (carioteca), enquanto na célula procarionte o material hereditário se encontra mergulhado diretamente no líquido citoplasmático. As células eucariontes ou eucariotas possuem tal carioteca que individualiza o material nuclear da célula.
Em ambas células existe o material genético, mas nas procariontes este está completamente livre no interior da célula. E na célula eucarionte, o material genético está no núcleo – separado pela carioteca do restante da célula.
As células procariontes não possuem certas organelas , como: a mitocôndria, o complexo de Golgi e o retículo endoplasmático. As bactérias e as algas azuis possuem este tipo de células. Já os fungos, as plantas e os animais possuem células eucariontes.

A membrana celular presente nas células eucariontes, mas ausente nas procariontes. Na célula eucarionte, o material hereditário está separado do citoplasma por uma membrana – a carioteca – enquanto na célula procarionte o material hereditário se encontra mergulhado diretamente no líquido citoplasmático.



Note na figura abaixo, que a célula eucariótica (figura superior) é muito mais "organizada" que a procariótica.